O que queria Zeca Afonso?

No passado dia 23 de Fevereiro celebrou-se o 25º aniversário da morte de Zeca Afonso, incondicional rebelde e autor do hino da nossa revolução. Há quem diga que precisamos de uma nova revolução, eu não. Dizer isso é tirar importância ao nosso 25 de Abril, nós já temos a nossa liberdade, o que se segue?
O que se segue á conquista da liberdade é a toma da responsabilidade, é ai malta que muitos de nós anda a falhar á muitos anos.Se antes faltava liberdade para agir e mudar, agora falta paciência! Continuamos com a mesma mentalidadesinha dos nossos antepassados da idade da média e dos pais e avós destes. Só que em vez de reis de espada e coroa, seguimos os donos da fortuna e da fama, não lideramos as nossas vidas. Somos liderados e vamos atrás de todas as promessas desde as politicas, ás estéticas, das financeiras ás sociais, tudo nos é dado a escolher, mas são escolhas em segunda mão.
 Vivemos num mundo tão liberto mas ao mesmo tempo tão formatado, que até me assusta. Mas a culpa não é de quem lidera, é de quem não sendo obrigado a seguir, segue. Sei que volto á mesma tecla do primeiro post, mas toca a mudar essa pasmaceira de viver e de ser. Não podemos todos mandar em tudo, mas devemos mandar na única coisa que é solenemente nossa, no nosso destino.
  Sejamos mais revolucionários, tiremos das vistas as palas do  preconceito, dos ideais passados, daquilo que nos é esperado, de tudo o que nos prende á terra.O mundo é muito mais do que estas três dimensões, vamos pensar fora da caixa, viver fora da caixa. Vamos ser mais do que uma caixa que apenas contém o que os outros, neste caso ELES (poderosos, políticos,ricos etc.) deixam para trás.A vida é muito mais que isso, é única e preciosa demais para ser vivida pelas regras dos outros. Não quero dizer com isso, que haja uma mega conspiração, ou sociedade secreta que nos governa e aprisiona em seus ardilosos esquemas de subversão, nada disso. Apenas digo que temos uma tendência muito primitiva de seguir, e que é hora de sermos felizes em vez de sermos o que a sociedade espera de nós.
  Ou seja sejam felizes, acho que era isso que o Zeca queria.